A América do Sul no governo Bolsonaro (2019-2022)
DOI:
https://doi.org/10.14244/tp.v32iesp.3.1042Palavras-chave:
América do Sul, Bolsonaro, Política externaResumo
O presente artigo tem como objetivo principal a discussão sobre as mudanças de diretrizes da Política Externa Brasileira (PEB) durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022) para a América do Sul. O subcontinente foi durante duas décadas plataforma de ação internacional da PEB após o fim da Guerra Fria e a redemocratização do Brasil. Estratégias distintas tiveram o entorno geográfico como base diplomática fundamental e ações bi e multilaterais fortaleceram a América do Sul como entidade geopolítica com forte protagonismo brasileiro. Entretanto, o governo Bolsonaro se elegeu a partir de um discurso que buscava mudanças substantivas na tradicional diplomacia nacional, deslocando as relações existentes no subcontinente. Nossa discussão será focada na política externa de Bolsonaro para América do Sul e de como os preceitos que alicerçam o bolsonarismo refletiram no deslocamento diplomático para a região. Faremos uma breve recapitulação da PEB para a América do Sul desde os anos 1990. Em seguida, apresentaremos os conceitos e base ideológicas do bolsonarismo, assim como sua conexão internacional. Finalmente, discutiremos as ações diplomáticas do período bolsonarista para o entorno geográfico e suas consequências para os existentes projetos regionais existentes.
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