A praxiologia culturalista de Anthony Giddens

Autores/as

  • Gabriel Peters

Resumen

O artigo situa a teoria da estruturação de Giddens no cenário mais amplo do pensamento sociológico contemporâneo, argumentando que o autor, em sua tentativa de superação de uma série de dicotomias que marcaram a reflexão teórico-metodológica na sociologia do século XX (subjetivismo/objetivismo, micro/macro, determinismo/voluntarismo), desenvolveu uma praxiologia culturalista. O elemento praxiológico em sua teoria deriva da idéia de que a caracterização do universo social como fluxo de práticas constituiria “o ponto de partida sócio-ontológico” (Schatzki) mais frutífero para a análise da articulação entre a ação individual intencional e as propriedades estruturais de sistemas sociais. Ao mesmo tempo, ao pensar as estruturas como instrumentos simbólicos de geração da agência individual e (re)constituição dos sistemas sociais, a perspectiva estruturacionista de Giddens leva, mais do que a uma teoria da cultura, a uma teoria sociológica culturalista, baseada na consideração dos fenômenos culturais como constitutivamente envolvidos na produção, reprodução e transformação de quaisquer aspectos da vida social, e não apenas como um subcampo da mesma.

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Publicado

2022-10-27

Cómo citar

PETERS, G. A praxiologia culturalista de Anthony Giddens. Teoria & Pesquisa Revista de Ciência Política, São Carlos, v. 20, n. 2, 2022. Disponível em: https://teoriaepesquisa.ufscar.br/index.php/tp/article/view/251. Acesso em: 24 nov. 2024.

Número

Sección

Artigos

Métrica